quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Mudança

Mudança sempre é um transtorno.
Sexta de manhã viemos para fazer faxina no apartamento. Estava com muita sujeita por conta do piso novo. Eu e o Felipe nos revesamos entre cuidar do Dário e limpar o apartamento.
Passamos a tarde toda colocando nossas coisas em caixas e parecia que as coisas iam se multiplicando e não acabava nunca. Cada hora apareciam mais e mais caixas e ainda tinham muitas coisas para encaixotar. Como a gente acumula bagunça!
Já era de madrugada e fomos derrotados pela exaustão. Deixamos muitas coisas sem encaixotar.
No sábado de manhã o caminhão chegou e em meia hora os homens já tinham carregado tudo. Eram 4 homens. Eu peguei o Dário e sai cedinho para a casa de uma prima do Felipe.
E o resto das coisas que não conseguimos por em caixas? Ficou para irmos buscando aos poucos de carro. Que besteira isso! Já foram umas 10 viagens de carro e não termina nunca. Estou quase desistindo de tudo o que falta lá. O mais importante a gente já trouxe mesmo.
E, nesses últimos dias tem chovido bastante, daí fica complicado ter que trazer essas coisas. O Felipe está trabalhando e vai ou bem cedo, antes do trabalho, ou bem tarde para tentar terminar com isso para entregarmos a casa. E nada disso terminar.
E a bagunça no apartamento? Um monte de caixas para todo lado. Uma bagunça sem fim. Ainda por cima, estamos sem chuveiro e metade das tomadas e lâmpadas não funcionam. O Felipe estava quebrando a cabeça tentando fazer oo chuveiro funcionar até descobrir que a instalação elétrica do apartamento é de duas fases e o relógio está ligado com uma só. Por isso que metade do apartamento não funciona.
Ficamos até ontem sem máquina de lavar e fogão. A geladeira ficou um dia desligada porque dizem que é importante. Enquanto isso as roupas se acumularam e o fogão foi substituído por várias gambiarras.
Se o Dário dorme eu vou correndo tentar colocar as coisas no lugar. Agora que ele está comendo ele dorme bem mais. Não sei o motivo, eu fico até preocupada. Se ele almoça ele quer dormir a tarde toda. O tempo frio e chuvoso também faz com que ele durma mais. Então deu para ajeitar as caixas, mas desencaixotar não.
Nem tem como fazer isso ainda. Na casa que morávamos os armários eram embutidos e aqui a gente ainda não tem armários. Essas caixas vão fazer parte da nossa vida por um bom tempo.
O Dário ainda está com vacinas atrasadas. Durante os três meses que ficou no hospital ele não tomou vacina nenhuma. As vacinas estão sendo dadas aos poucos a cada semana. Até agora não teve nenhuma reação. Ainda bem. Se der qualquer reação eu ficaria perdida sem saber se é alguma coisa da cirurgia ou da vacina. Se levar nos médicos aqui em Campinas acho que vão ficar com tanto medo que vão achar que é do coração também.
No beneficência portuguesa já era assim. Qualquer chorinho eles já pensavam que era problema por conta do coração.
Dário precisa começar a falar logo! Daí ele explica direito o que está sentindo.
Eu fico maluca querendo que ele mame mas depois que começou a comer ele não quer saber mais de leite. Nessa semana eu estava insistindo um pouco para ele mamar e ele deu um grito tão alto que eu assustei.
Além do grito ele começou a gargalhar. É um barato. O grito não é um barato, mas é uma novidade. Ele estava bravo porque não queria mamar.
Amanhã vamos fazer um teste com uma babá. Desde antes de o Dário nascer que estamos precisando de muita ajuda mas sempre somos só nós correndo atrás de tudo. Estou torcendo muito para dar muito certo para eu poder voltar a trabalhar.
O Dário sempre tem várias consultas durante a semana e não tem como o Felipe ir em todas. Se ele for ele não vai trabalhar mais. Já basta eu não estar trabalhando mas sempre é muito difícil de sair sozinha com o Dário. Espero que a babá possa me ajudar com isso também. Faz muita falta alguém comigo sempre. Mas precisa ser uma pessoa esperta que não se impressione com tudo. Que não tenha medo de dar comida e que não entre em pânico caso o Dário vomite ou faça côco.
Esse pânico é bem comum nas pessoas e isso me tira do sério. Não agrega nada e não me passa segurança nenhuma. Não posso confiar em uma pessoa que entra em pânico só porque ele peidou. E se acontecer algo sério de verdade? A pessoa tem uma parada cardíaca e não consegue cuidar dele.
Eu preciso manter a cabeça no lugar sempre. Tem gente que não tem noção, fica com tanto drama como se o mundo fosse acabar. E se eu perco a cabeça, quem vai cuidar do Dário? E se eu começar a ficar com medo também? Será que não pensaram nisso?
É por isso que sou uma grossa. Não estou em condições de engolir coisas. Não posso me arriscar porque tenho que cuidar da cria. Já ouvi coisas desagradáveis demais. O Dário precisa de mim bem.
Estou longe de ser uma pessoa agradável mas vou me esforçar com a babá porque quero muito que dê certo.







3 comentários:

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  2. Mudança eh um trabalhao msm... Vc ve q tem 10x maos coisas do q achava q tinha hehs! Mas logo td vai pro lugar! Sentimos falta desse menino lindo! Bjs

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    1. Verdade! Eu sempre achava que com mais uma ida na casa eu terminaria de trazer as coisas mas sempre ficava o dobro das coisas que eu estava levando embora... Muita tranqueira! Vou tentar mandar mais notícias!
      Bjs

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