quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Sobre a alta do Beneficência Portuguesa

Na segunda do feriado de finados eu estava super na expectativa do Dário receber alta e irmos para casa. A cardiologista de plantão passou e disse que ela não estava autorizada a dar alta e que a cardiologista que poderia fazer isso não tinha ido ao hospital. Ela tinha dito que talvez iria e não foi.
Fiquei super chateada.
Quando foi a tarde eu desci para comprar alguma coisa para comer. Com a minha amiga me ajudando a cuidar do Dário ficou bem mais fácil sair para comer.
Fui ao restaurante de dentro do hospital mesmo. Peguei uns salgados e estava voltando para o quarto quando vi um dos cardiologistas da equipe do dr. José Pedro saindo do hospital e falando ao celular. Ele me viu. Estava para passar pela catraca da saída.
Ele voltou e veio conversar comigo.
"Para você fica melhor ir hoje?"
Eu ri. Não é possível que ele precisava perguntar isso para ter certeza. E outra, quando eles dão alta a gente não precisa sair correndo do quarto, pode ficar até o dia seguinte sem problemas.
Ele estava conversando no celular com a cardiologista que poderia dar a alta, a cardiologista do Dário. Ela tinha perguntado para ele se tinham dado alta para o Dário.
"Como assim?"
Todos falam que só ela pode dar alta e daí ele me vem com essa.
Ele voltou até o andar da pediatria só para dar alta para o Dário.
"É verdade mesmo? Posso chamar o Felipe para vir nos buscar?"
"Não, é pegadinha."
"Fica esperto que eu sou mais alta que você. Esse tipo de pegadinha não se faz."
Eu liguei para o Felipe. Ele chegou em uma horinha. Ninguém acreditou que ele tinha saido de Campinas mesmo. Ele foi voando.
O tal do relatório de alta vão mandar por email.
"Eu nunca vi uma alta tão rápida."
Em menos de duas horas já estávamos no corredor esperando o segurança para nos levar para sair.
Várias pessoas foram se despedir do Dário.
O Dário é marcante.
Nos despedimos da galera e fomos embora.
O Dário foi do hospital até Campinas me encarando sem piscar dentro do carro. O que será que ele estava pensando? Fiquei conversando com ele e nada dele mudar a expressão.
Quando chegamos em casa eu quase caí de costas. Bagunça é apelido para o que encontrei. E era a casa inteira.
A sensação de deitar na minha cama depois de 3 meses dormindo num sofá de hospital é indescritível.
O Dário ainda está estranhando tudo, acho que não lembrava mais de casa. Ficou olhando desconfiado. Logo ele não se lembrará mais do hospital.
Estou super feliz. Acabou.
Já já estaremos em janeiro e o Dário vai para a segunda etapa, a da correção da boca.


4 comentários:

  1. Mais uma vitória Bruna! Sem mais sonda, sem mais correria pra tirar o leite, agora ele é todo seu =) Que alívio! Beijos!

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  2. Surpresa boa! Mais uma etapa vencida! Parabens Dário! Sua força e sua vontade de viver são inspiradoras!!! Bjs nesse lindo e em vc Bruna!

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  3. Que delícia! Não há lugar com nosso lar! Feliz por vocês! Bjos

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