segunda-feira, 18 de abril de 2016

Natação e vacina da gripe

Sábado foi a primeira aula de natação do Dário. O Felipe entrou com ele na piscina para que depois eu pudesse só pegar o Dário para dar banho.
O Dário ficou meia hora chorando na piscina. Era o único bebê chorando.
Eu estava achando que ele ia entrar na piscina e super curtir a água, já sair brincando e jogando água para todo lado.
Acho que ele precisa de um tempo para se acostumar com isso. Ou ele precisa mesmo é que a mãe dele entre com ele na água. Vai saber. Da próxima vez eu tento.
Saímos da aula de natação e fomos atrás da vacina da gripe. A pediatra havia dito que ela não recomenda para os bebês mas no caso do Dário ela iria recomendar sim.
Isso foi um erro. Foram duas coisas num dia só. Devia ter escolhido entre a natação e a vacina.
Ficamos 3 horas na clínica até conseguir que o Dário tomasse a vacina. Foi uma demora e tanto porque tinha uma fila gigante. Tivemos que pegar uma senha quando chegamos e a nossa era o número 179.
Voltamos para casa depois da vacina e ele ainda estava tranquilo até que com o passar do dia foi ficando bem chatinho. Super choroso. Não quis mais comer. Teve febre na noite de sábado para domingo, dei um remédio e não voltou mais. Só que ele acordou no domingo com algumas erupções na pele dos braços e pernas.
Passou o domingo chatinho, sem querer comer e sem febre também. Hoje não levei na escolinha para deixar descansando em casa, as erupções da pele estão secando e ele não está choroso mais. Não sei o que aconteceu, não levei em nenhum pronto socorro porque vi que não era nada grave.
Levar em pronto socorro é complicado. Se eu chego lá com o Dário e falo que é cardiopata o pessoal vai surtar, não vai saber o que fazer e vão querer internar por qualquer motivo. Vão expô-lo a mais problemas de repente por nada de grave.
Agora o Dário está sendo acompanhado por uma osteopata. Fazia tempo que eu estava tentando uma consulta com ela. Já foi duas vezes e o acompanhamento será semanal. Ela também é fisioterapeuta. É super profissional e experiente. O bom é que ela também leva muito jeito com crianças e tem um carinho gigante pelo Dário.
Vou ver se consigo que ela escreva um pouco sobre o que ela está focando com o Dário para colocar aqui porque nem todo mundo sabe o que é osteopatia e nem como pode ser aplicada. Eu também conheci há pouco tempo mas estou vendo que está sendo super útil para ele porque ela consegue trabalhar bem nas áreas que foram operadas retirando tensões dos tecidos para que eles se desenvolvam bem.
Em bebês que operaram o coração talvez a região do tórax não se desenvolva muito bem. Nesse caso a natação pode ajudar muito. Tiro pelo Felipe que nada desde que nasceu e tem toda essa região do tórax super bem desenvolvida e a capacidade respiratória dele é super expandida.
Ah! Tem algo incrível que a osteopata fez! Deixa eu contar do começo. Na quarta feira da semana passada nós fomos na fono e ela disse que talvez o Dário comece a acumular secreção no ouvido. Vários médicos já disseram isso, que pode acumular mais secreção do ouvido por conta do palato aberto. Daí ela falou que se isso começar a prejudicar a audição talvez tenha que ser feita uma cirurgia para colocar um tubinho lá no ouvido porque se ele não ouvir ele não vai falar. Esse tubinho teria o objetivo de evitar o acumulo de secreção.
Gelei.
Na quinta fomos na osteopata. Depois que fechou o lábio o Dário começou a acumular mais sujeira nas narinas e sempre é muito difícil para tentar limpar isso. Ele não quer que mexam no nariz dele. Nem na boca.
A osteopata encostou o dedo entre o olho e a narina e ficou fazendo uma massagem suave, um lado de cada vez. Toda sujeira que estava no nariz dele saiu de um jeito tão suave que fiquei pasma. Não foi preciso enfiar nada no nariz do Dário. Achei incrível.
Comentei com ela sobre os ouvidos e na segunda sessão ela já fez outra manobra para desobstruir o canal do ouvido e auxiliar na retirada de qualquer coisa que estivesse se acumulando nesse canal. Super fantástico isso.
Porque todos nós olhamos para o Dário e vemos que foi feito um trabalho muito profissional na correção da fissura dele. Ficou muito perfeito o resultado. Mas o que ele achou de tudo isso? Ele não entendeu nada. Na verdade, ele gostava da boca e nariz antigos que ele tinha. Mas daí colocaram ele para dormir e quando ele acordou ele estava com muita dor e tudo estava diferente.
Quem já tirou um dente sentiu uma diferença gigante na boca devido a falta dele. Depois de alguns dias a ausência do dente não faz mais tanta diferença porque a gente se acostuma. Foi assim comigo quando tirei os dentes de siso. No caso do Dário a boca dele estava totalmente transformada. Ele não entendeu nada, ficou dias me olhando com olhos arregalados de susto. Ficou dias com dor, chorando e só querendo colo.
Hoje ele está super bem, não sente dor, talvez não lembre mais como era a boca antiga. Mas ele não quer que mexam na boca dele. É uma parte sensível do corpo dele e tem muitas emoções pesadas envolvidas nessa região.
Ele usou uma sonda passando pelo nariz por vários meses, ficou sem se alimentar pela boca e quando essa sonda foi retirada ele teve que reaprender a se alimentar e foi um processo bem delicado.
Ele teve que tomar vários remédios horríveis pela boca várias vezes ao dia e esses remédios sempre vinham pela boca.
Por isso que sempre tenho muito tato na hora de mexer nessa região.
Fiquei muito tempo pensando nisso. Tem muita gente que tem algum problema com alguma região do corpo. Conheci um rapaz que quase desmaiava quando o assunto era seus olhos. Não conseguia nem deixar que pingassem uma gota de qualquer coisa quando tinha que ir no oftalmonologista.
Eu entro em pânico quando me dão tapinhas nas costas.
O Dário não gosta que toquem na boca dele. Todos nós entendemos o motivo e não dá para explicar para ele que ele tem que superar isso. O que temos que fazer é respeitar isso e ajudá-lo a se sentir confortável sobre qualquer coisa que tenhamos que fazer na boca e nariz dele.
É um tipo de trauma e eu não quero que ele passe o resto da vida com isso. Por isso que a fono falou sobre a antecipação. Disse que a boca dele foi muito invadida por muita coisa que foge da compreensão dele. Explicou que temos que ajudá-lo para que ele sinta, por exemplo, a mesma coisa que sente quando tocamos no braço dele ao tocarmos na boca dele. No braço ele não sente uma ameaça. Na boca ele sente. Uma ameaça de dor e de medo.
Tem uma bagagem emocional pesada alí. Qualquer movimento ainda desperta tudo isso.
Por isso que gostei da osteopata, porque ela limpou o nariz dele de um jeito tão suave e nada invasivo.
Afinal, ele é um bebê ainda.
Um dia ele será um adolescente e vai sair por aí beijando muito. Com certeza.

Fazendo cara de charme <3


Chorando na piscina


Sendo irresistível e gostoso



As erupções na pele








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