segunda-feira, 22 de junho de 2015

Coleta de sangue

Na última consulta com a cardiologista ela insistiu sobre fazer o exame para saber se ele tem síndrome de DiGeorge. Ela explicou que essa síndrome e da deleção de parte do cromossomo 22, por isso que o cariótipo que fiz durante a gestação não identifica ela. O cariótipo que eu fiz verificou se ele possui ou não 46 cromossomos, só isso. Ele não olhou se está faltando parte de algum cromossomo e a síndrome de DiGeorge é isso, falta uma parte do cromossomo 22.
Essa parte faltante pode variar de "tamanho" e isso reflete no quanto ela compromete no desenvolvimento do bebê.
A importância de saber se ele possui ou não isso é para incluir ou não alguns cuidados especiais, como novas vacinas ou cuidados durante as cirurgias que ele terá que fazer.
Pesquisei bastante algum lugar em Campinas para levá-lo e só tem um. Pelo menos eu não achei outro lugar que fizesse esse exame nele. Como que em uma cidade desse tamanho só tem um lugar? E esse lugar é a clínica do Walter Pinto, o mesmo cara que nos atendeu durante a gestação e disse que o coração dele não iria durar nem 6 horas após nascer.
Fiquei um bom tempo relutante em ir até lá até que me ocorreu que para coletar o sangue talvez fosse outra pessoa, alguma enfermeira talvez, não ele. Quando fui para a coleta do líquido amniótico foi ele e não foi nada legal.
Liguei lá e me confirmaram isso. Uma enfermeira coleta o sangue e depois o resultado do exame vem por e-mail. Tudo bem então, marquei para hoje de manhã.
Fomos lá. Expliquei para ele o que iria acontecer e prometi que nunca mais vou levá-lo naquele lugar novamente. É claro que ele não entende, mas me sentia péssima de estar lá de novo depois de tudo o que aconteceu.
A coleta não acabava nunca, ele ficou chorando desesperadamente e o sangue estava saindo super devagar. Demorou uma eternidade até tirar 3ml. Fui ficando cada vez pior e eu que estava segurando o bracinho dele. Que coisa horrível. Na semana passada foi o exame do raio x, fiquei péssima segurando ele para o isso.
Ele já sofreu tanto no tempo que ficou internado na maternidade. Ainda tem marcas nas mãos dos exames que fizeram nele. Acho que não vai sumir. Tem pontinhos nos lugares que precisaram pegar a veia para retirar sangue. Sempre na mão, igual hoje.


Voltamos para casa. Agora só tem a consulta com a pediatra na quinta. Não quero sair de casa até lá.
Fizemos 3 exames dos 5 que a cardiologista pediu. O eletrocardiograma, raio x do tórax e o cariótipo hoje. Faltam dois ultrassons. Tomara que não esteja frio no dia que tiver que fazer esses últimos.
Eu percebi que estou bem mais calma. Não estou me estressando tão facilmente com as coisas. O ruim é que não dá para saber exatamente o que foi que ajudou com isso. Estou tomando vários chás que são calmantes, como de melissa e o chá da mamãe. Também estou usando um colar de âmbar e um difusor pessoal com óleos essenciais. Pode rir, se quiser. Mas eu prefiro isso do que tomar remédios. Já me basta o remédio da pressão que estou tomando. Remédios sempre possuem efeitos colaterais e sempre tem alguma coisa natural que trata o mesmo problema sem deixar efeito colateral.
O difusor pessoal foi a pediatra que me passou. Achei um barato, nunca tinha ouvido falar disso. Comprei tudo numa farmácia, o difusor e os 3 óleos, de capim limão, anis estrelado e lavanda.
Há quem goste de doces que relembram a infância. Eu gosto de capim limão. Tomei tanto chá de capim limão e era a coisa mais gostosa do mundo. Sempre tinha muito no quintal de casa e eu adorava fazer esse chá. Essa memória olfativa é uma coisa impressionante.
O colar de âmbar possui várias propriedades, entre elas o efeito calmante também. Eu gostei bastante do que eu comprei, achei ele bem bonito.
Eu não estou preocupada com o resultado do exame de hoje. Não estou preocupada com nada. Não vale a pena e não vai ajudar em nada. Não há nada além do que eu já estou fazendo para ser feito. 

Colar de âmbar e difusor pessoal


Banho de sol








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