A UTI

A enfermeira veio medir minha pressão e ela estava 11 x 6. Não estou mais tomando o remédio para a pressão, então ela está voltando ao normal.
Não foi só minha pressão que caiu, o peso do Dário também. Ele nasceu com 3.275kg e agora está com 3.140kg. Disseram que todo bebê perde um pouco de peso nos primeiros dias de vida.
A UTI é um tormento. Não posso entrar lá toda hora. Fico olhando para aquela porta querendo destruí-la.

Fui ao banco de leite receber instruções de como estimular as mamas e começar a coleta. O leite coletado pode ser guardado congelado por até 6 meses. Trago os frasco para a maternidade e eles dão para o Dário. Se ele receber alta antes de consumir todo o estoque eu posso doar ou levar embora.
Ele ainda não está recebendo leite. Ainda não foi avaliado pela fono nem pelo cardiologista.
Na UTI nos disseram que há apenas uma fono para toda a maternidade, por isso que demora.
Nos disseram que de quarta a tarde podemos tirar fotos dele. Vou fazer isso na semana que vem.
Hoje no final da tarde já vou receber alta. Ele não, ele precisa ficar aqui. Precisa ficar na UTI.
Ainda não sabemos quando ele poderá ir para casa, se vai precisar operar o coração e quando vai operar o lábio. Aos poucos as coisas vão acontecendo.
Na UTI descobri que minha história não é única. Há várias mães com histórias parecidas, torcendo para poder levar seus filhos para casa logo.