segunda-feira, 18 de maio de 2015

Cadê o Dário?

Como sempre, cheguei com o leite congelado, fui até o quinto andar da maternidade para deixar o leite e depois desci até o primeiro para ir na UTI.
Liguei na sala 6.
Bruna: "É a Bruna, mãe do Dário."
Enfermeira: "Dário? Humm, dá uma olhada na UCI porque ele não está aqui não."
Bruna: "Como eu faço eu faço para saber se ele está na UCI?"
Enfermeira: "Tem que ir no quinto andar."
Descer a escada correndo é uma coisa, subir é outra. Fui no elevador e ele estava no quinto andar. Até descer ia demorar demais, então subi tudo correndo.
Bruna: "Oi, eu fui na UTI mas o meu filho não está lá, disseram para eu ver aqui."
Enfermeira: "Você subiu a escada correndo? Calma, respira. Como é o seu nome?"
Respondi e ela saiu.
Enfermeira: "Seu filho é o Dário?"
Ele estava lá, num carrinho. Estava dormindo. Cada dia mais lindo.
A moça me explicou tudo sobre a UCI que significa Unidade de Cuidados Intermediários.
Lá eu posso fazer tudo e dá para agendar visita dos avós.
Vou poder dar banho, trocar a fralda, pegar quando quiser!
Também vão começar testes com mamadeira e peito. Disseram que a tarde vão fazer o teste com o peito para ver se ele mama legal. Tomara que dê tudo certo! Agora para ele ir para casa é um pulo!
Que vergonha não ter montado o quarto do guri! Os médicos foram sempre tão pessimistas sobre ele sobreviver que eu fiquei com muito medo de ter depressão pós perda, que dizem ser pior que depressão pós parto. Fiquei me imaginando em casa, sem ele, de licença maternidade e com o quarto todo montado. Li depoimentos na internet de mães que perderam os filhos e quando entravam no quartinho ficavam péssimas.
Eu achei melhor deixar para montar o quarto quando ele fosse receber alta, mas eu não imaginei que tudo fosse acontecer tão rápido! Tudo isso é fantástico e impressionante!
Agora eu só preciso de umas bananas de dinamite para jogar no consultório daquele médico que disse que ele não ia sobreviver nem 6 horas!
Foi impossível manter a calma com todo terrorismo que os médicos fizeram. A última coisa que eu queria era tanta carga emocional negativa durante o período gestacional. Em nenhum momento isso é bom para o corpo, principalmente quando se está gerando um filho.
É claro que não vou jogar bombas por aí, tenho mais é que esquecer essas coisas e focar no Dário que em breve vai para casa. O guri é o máximo! Tinha que ser! Contrariou todos que nunca disseram que ele sobreviveria. Ele é demais mesmo.
Muito obrigada à todos que sempre torceram por nós!
A próxima corrida de rua vai ser com o Dário no carrinho.



Nenhum comentário:

Postar um comentário