terça-feira, 5 de maio de 2015

Primeira noite na maternidade

A maca é muito alta até para mim que sou alta. Toda hora tenho que ir ao banheiro e não é legal.
Toda hora dá muita sede também. Mas já estava assim desde a maior parte da gestação.
Tem uma enfermeira que vem de tempos em tempos ouvir o coração do Dário, ela bate na porta, acende a luz do banheiro e vem colocar o aparelho na minha barriga. Eu quase nem acordo quando ela vem pois ela é super cuidadosa até com a luz.
Tem outra enfermeira que vem de tempos em tempos medir minha pressão. Ela entra e acende a luz do quarto para poder medir.
Mas eu gostei das duas. Gostei mais mesmo da mulher que traz a comida. A comida aqui é muito boa, já estou querendo saber o que vai vir de café da manhã.
Eu trouxe muita comida. Trouxe uva passa, ameixa seca, barrinha de cereal, pão de queijo, bala, água de côco, chá, banana, laranja e mais coisas que não estou lembrando agora. Vou ter que comer algo antes do café da manhã vir porque minha barriga está roncando, embora tenha jantado toda a comida que me serviram, tomado o chá que me serviram e comido muito das coisas que trouxe.
Sempre sinto muita fome, deve ter alguma coisa relacionada com a velocidade do meu metabolismos porque não é gula. Minha barriga está roncando mesmo e eu odeio ouvir minha barriga roncar. É como se fosse um sinal de que meu corpo está definhando.
O Felipe dormiu todo agasalhado. Eu estava com a camisola do hospital. Comecei a passar muito calor. Isso também já estava assim desde a maior parte da gestação. Acordei com o cabelo grudando na nuca. Todos disseram para descansar bem nesta noite mas está complicado.
Arranquei a camisola e fiquei sem nada. Eu ao trouxe pijamas mais fechados e faz tempo que não sei o que é dormir de roupa mesmo. Sempre tive um problema com roupas, odeio elas.
Nesta noite eu tive meus 5 minutos de: "Putz, o que foi que eu fiz??"
Isso passou. Deve acontecer com qualquer um.

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